Mary Nymphection
Mary Abigail (previamente conhecida pelo heterónimo de Maria Ana Flores (mentora de Mary Nymphection) é uma artista/actriz/música multi-instrumentista portuguesa que age no espectro das artes em geral incluindo a multimédia e também é a directora e lider da Editora/Distribuidora de música Lateex. Existem vários projectos associados ao heterónimo Maria Ana Flores (mais recentemente encarnada como Mary Abigail, ortónimo), entre quais se destaca o polémico Leite, entre outros pequenos projectos de estúdio, bem como o projecto Mary Nymphection em si. A sonoridade destes projectos varia muito, mas essencialmente combina parte da cultura musical industrial com outros estilos fora dela.
Índice
- 1 Ano de formação:
- 2 Editora/Netlabel:
- 3 Descoberta da identidade de género
- 4 Início do percurso como artista e o decorrer do tempo
- 5 Mary Nymphection & The Black Carnation Cooperative
- 6 Parceria com Place de L'Alme
- 7 Xisto
- 8 O Clube da Moca Vermelha (antigo Orrrrrr!)
- 9 Mary Nymphection (enquanto projecto musical)
- 10 Músicos convidados
- 11 Ex-membros
- 12 Discografia
- 13 Influências musicais, artísticas e pessoais
- 14 Ligações externas
- 15 Entrevistas
- 16 Referências
Ano de formação:
- 2014
Editora/Netlabel:
- Mocho de Prata
- Korvustronik
- Folha Eléctrica
- azinha.ga
- SubReakt
Descoberta da identidade de género
Desde cedo que Mary demonstrou um interesse pelo seu lado feminino bem como a androginia, o prazer, o sexo, os cabarets, a noite, as orgias, as tertúlias, a temática Dois-Espíritos e alguns aspectos da ninfomania. O Fetish, o uso excessivo de lingerie e "Hosiery/Legwear"(ing) fazem grande parte da sua vida, pois diz estarem presentes em tudo o que faz sob variadíssimas formas. Posteriormente, abrindo caminho para o seu lado espiritual, Mary fundou a Ordo Domus Salmacis, uma Ordem espiritual e também artística dedicada ao culto da ninfa Salmacis, mas essa Ordo e a sua possível continuação, acabaram por ficar congeladas por tempo incerto.
A artista assume-se publicamente como mulher trans em Outubro de 2017, depois de vários anos no anonimato.
A partir de 2018 em diante, o nome Mary Nymphection passa a ser reconhecido só como nome de projecto e não a artista em si.
Início do percurso como artista e o decorrer do tempo
A 23 de Abril de 2014 surge um novo músico no panorama, Feline Machine nos sintetizadores e Spoken Word e assim nasce The Black Carnation Cooperative que lança o seu 1º EP Black Carnation Revolution logo após 4 dias.
Em Janeiro de 2020 o projecto passa a chamar-se apenas The Black Carnation Cooperative (sem a denominação Mary Nymphection).
Mary Nymphection & The Black Carnation Cooperative
Membros
- Mary Abigail (Mary) - baixo eléctrico, sintetizadores, sampler, voz, spoken word (2014-presente)
- Feline Machine - spoken word, percussão (2014-2018)
- Eunice Correia - spoken word (2017)
EP's / Singles (formato digital)
- 2014 - Black Carnation Revolution (Abril)
- 2015 - Black Carnation Revolution II (Abril)
- 2016 - Black Carnation Revolution III (Abril)
- 2017 - The Zero Hero Revolution (Abril)
Parceria com Place de L'Alme
Surge entretanto no horizonte uma parceria com o projecto Place de L'Alme e o lançamento de vários EP's focados em música experimental, Dark ambient, Sampling, Noise, Field recordings e em outras fontes de índole variada. O primeiro trabalho sai no dia 4 de Outubro e intitula-se "The Night Hunters", estando o duo em preparação para mais EP's.
Intercalando com os lançamentos de parceria, Mary vai lançando EP's regulares a solo, começando com The Absence of Chairs e seguido de Kafkian Waves, tudo no mesmo mês.
O Deus do Caos e Apocalypse in the Wedding Day são os últimos trabalhos de 2014, o primeiro com Place de L'Alme e o segundo, o último EP a solo do mesmo ano.
Em 31 de Janeiro de 2015 sai o novo single a solo intitulado "A minha horta" seguido do novo EP intitulado Ruralidades (1 de Fevereiro) onde Mary explora o lado do folk, misturando sons electrónicos e música experimental, um trabalho dedicado ao falecido engenheiro agrónomo Sousa Veloso, comentador de um antigo programa da RTP conhecido como TV Rural.
O próximo EP intitula-se Wasted Past in Lusitania, um trabalho que vagueia entre o Dark ambient, o Experimental e a aproximação a um ambiente ritualista com o uso de samples percussivos.
Em Junho de 2015 Mary é convidada a actuar numa performance ao vivo no Festival de Música Ambiente Snow Black (ver.IV) com o artista e músico italiano Bonnibelle Wlaad (La Corona di Vene) e a modelo/dançarina portuguesa Akasha Báthory, num ritual sombrio que contempla uma sonoridade bem pesada de Dark ambient. Wlaad é convidado a entrar para o projecto Mary Nymphection uns dias antes.
Os trabalhos seguintes prosseguem com o EP denominado Black Carnation Revolution II (do projecto Black Carnation Cooperative), num estilo político que Mary nos tem habituado, The Presence, do projecto a solo e que é lançado a 20 de Junho, com duas faixas que foram tocadas no Festival Snow Black IV.
No mês de Agosto é lançado um single com o projecto Place de L'Alme, desta vez uma faixa intitulada Root e que também consta na compilação Dark Ambient Vol.10 da editora britânica de música ritualista Sombre Soniks. No final do mês de Setembro sai o single Escape from the Zero World, que antecede o novo EP 60 Circles, já com o novo vocalista Bonnibelle Wlaad do projecto italiano La Corona di Vene e que é só lançado a 9 de Janeiro de 2016.
A faixa The Scorpio Tribe é lançada a 2 de Setembro e traduz-se numa fusão de cariz Ritual / Dark ambient, faixa esta que sai igualmente na compilação britânica da editora Sombre Soniks Dark Ambient Vol.12.
A 23 de Fevereiro de 2017 é lançada uma nova compilação da Sombre Soniks "Do What Thou Will II", onde é apresentada uma nova faixa intitulada Unborn, que foi gravada no estúdio pessoal de Mary, com Bonnibelle Wlaad na voz.
Xisto
Influenciada pelo Xamanismo e conjuntamente com Feline Machine nas percussões e didgeridoo, Mary dá origem a algo que parece conter uma sonoridade bem diferente daquela a que nos tem habituado, algo cru e cavernoso, com foco especial no Ritual ambient sombrio e nos ritmos tribais. A ideia inicial do projecto baseia-se no Neolítico e no próprio material rochoso, o xisto, criando assim um ambiente típico para a composição musical, que é única no seu todo.
O Clube da Moca Vermelha (antigo Orrrrrr!)
Esta é uma ideia musical que resulta da parceria com arleqvino do projecto arcano.zero, que conta com inúmeros lançamentos no passado dentro da música experimental. A ideia no universo de O Clube da Moca Vermelha (abreviado para CdMV) é a de explorar sons através de variadas formas e tocando instrumentos não convencionais, que segundo Mary, irão ser adicionados em futuros trabalhos.
Mary Nymphection (enquanto projecto musical)
Membros
- Mary Abigail (Mary) - baixo eléctrico, sintetizadores, sampler, voz, spoken word (2014-presente)
Músicos convidados
- Place de L'Alme
- arleqvino
- Whalt Thisney
Ex-membros
- Feline Machine - sintetizadores, sampler, spoken word (2014-2018)
- Bonnibelle Wlaad - voz, spoken word (2015-2017)
Discografia
Álbuns (formato digital)
- 2019 - Novembre Solitaire (Novembro)
EP's (formato digital)
- 2014 - The Absence of Chairs (Outubro)
- 2014 - Kafkian Waves (Outubro)
- 2014 - Apocalypse in the Wedding Day (Dezembro)
- 2015 - Ruralidades (Fevereiro)
- 2015 - Wasted Past in Lusitania (Março)
- 2016 - 60 Circles (Janeiro)
- 2020 - Feeling like a stranger in town (Dezembro)
- 2023 - Inside/Outside (sem data confirmada)
EP's de colaboração (formato digital)
- 2014 - The Night Hunters [Place de L'Alme & Mary Nymphection] (Outubro)
- 2014 - O Deus do Caos [Place de L'Alme & Mary Nymphection] (Novembro)
- 2021 - War [Mary Nymphection & Impromptu Mundo] (Novembro)
Singles (formato digital)
- 2014 - The Horned Child Cries (Outubro)
- 2014 - Mary Nymphection Avenue (Dezembro)
- 2015 - A minha horta (Janeiro)
- 2015 - The Grand Pig Factory (Março)
- 2015 - The Presence (Junho)
- 2015 - Escape from the Zero World (Setembro)
- 2016 - The Scorpio Tribe (Setembro)
- 2020 - Erased (Novembro)
Singles de colaboração (formato digital)
- 2015 - Root [Mary Nymphection & Place de L'Alme] (Agosto)
Compilações (formato digital)
- 2014 - Korvustronik 2 - "Contra a pobreza humana" (v/a) (Dezembro)
- 2015 - Korvustronik 3 - "Contra a vandalização da Natureza" (v/a) (Setembro)
- 2015 - Dark Ambient Vol.10 (Sombre Soniks) (Setembro)
- 2016 - Horae Obscura - La Petite Mort (Maio)
- 2016 - Dark Ambient Vol.12 (Sombre Soniks) (Setembro)
- 2017 - Do What Thou Will - Volume II (Sombre Soniks) (Fevereiro)
- 2017 - Filmy Ghost - The Muted Niches (2017) (Março)
- 2017 - Vanessa Sinclair: Message 23 (Maio)
- 2017 - Thee New Ritual Movement vol. 2 (Sombre Soniks) (Dezembro)
Outros projectos de interesse
Performances ao vivo
- Festival Snow Black IV (Bonnibelle Wlaad feat. Mary Nymphection), 17 de Junho de 2015
Influências musicais, artísticas e pessoais
Mary cita Tony Banks (Genesis) como uma grande influência para o que faz, dizendo: "Foi e continua a ser uma das minhas maiores influências como teclista, simplesmente divinal em tudo o que faz.".
Genesis P-Orridge (Throbbing Gristle) é uma das outras influências principais que deu fôlego à sua existência como artista e além disso.
A guitarrista Poison Ivy e o vocalista Lux Interior (The Cramps) foram igualmente notáveis presenças ideológicas na vida como artista e performer.
De Portugal surgem também influências cruciais ligadas à música experimental tais como Orgânica Express, !Calhau! (Von Calhau), Place de L'Alme.
Do mundo do terror e suspense algumas personagens são vistas como uma forte ligação sentimental, sendo que Stephen King, John Carpenter e Wes Craven contribuem como fontes de inspiração.
Ligações externas
- Website oficial
- Mary Nymphection no Facebook
- Mary Nymphection no YouTube (desactualizado)
- Mary Nymphection na Bandcamp (Korvustronik)
- Mary Nymphection na Bandcamp (Mocho de Prata)
Entrevistas